O primeiro amiguinho

 

Há um tempo eu abordei este assunto, Amizade de infância (Clique aqui para ler), mas com o passar do tempo me dei conta que minha pequena passará por várias fases e que ela terá sempre novas experiências com primeiros amiguinhos, não na vida, mas em determinado ambiente. E foi o que aconteceu com ela este ano, quando mudou de escola e com isso ganhou novas amizades.

 

Ainda é pouco tempo para saber se serão para sempre, mas são amizades que com certeza marcarão uma fase da vida e isso por si só já é importante. Mas sou daquelas que nunca deixo uma amizade por outra, quanto mais melhor, então vamos ensinar aos nossos filhos, desde bem cedo, que não precisamos deixar um amiguinho de lado, quando encontramos outro. E que não precisamos, nem devemos ter UM melhor amigo e sim ter VÁRIOS MELHORES amigos, pois desta forma nunca estarão sós. Olha que legal este livro que indiquei ontem sobre este tema: Minha Melhor Amiga

 

Então pensando nesta nova fase dela e já na pequena que em breve entrará na escolinha resolvi escrever novamente sobre o tema, mas com novas experiências, através de um texto muito bom que encontrei no site Guia do Bebê. Não colocarei entre aspas, pois fiz pequenas alterações, mas a base do texto permaneceu.

 

Fazer amiguinhos não é tarefa das mais fáceis. Ao nascer, o cérebro do bebê não está totalmente desenvolvido e as partes que gerenciam o pensamento e as lembranças, assim como o comportamento emocional e social, ainda não se consolidaram, por isso muitas vezes não lembramos de coisas da nossa infância.

 

Cabe a nós pais ajudar no desenvolvimento do filho. Afinal, uma criança que brinca pouco ou que brinca apenas sozinha poderá ter dificuldades na adaptação social ao longo de seu crescimento. Os primeiros anos de vida são fundamentais, pois é quando o bebê aprende como ser amigo, sendo importante sempre o contato com crianças da mesma idade.

 

Até os três meses de idade, o bebê não se diferencia da mãe. A partir daí, começa a reconhecer outras pessoas começando pelo pai e mais tarde outras pessoas próximas. Com seis meses, já estranha os desconhecidos, ou conhecidos não tão próximos kkkk.

 

Depois do primeiro ano, a criança muitas vezes brinca sozinho, mesmo estando ao lado das outras crianças, isso é normal! Conseguir interagir e ser amigo envolve afeto, troca na relação e isso só vai aparecer por volta dos seis ou sete anos. Antes disso, tudo é um suporte para as construções e descobertas para as futuras relações afetivas de amizade.

 

O primeiro amiguinho acontece por volta dos dois anos: o “amigo imaginário“. Os pais não devem se preocupar com isso, é a forma encontrada pelas crianças de lidar com sua imaginação. Exercitam livremente a criatividade, vontade e autoridade.

“Trabalhando a fantasia, também aprendem a se inserir no seu mundo social real” explica a psicóloga Raquel Peetz. Esse amigo imaginário será substituído por um amigo de verdade lá pelos cinco ou seis anos de idade.

 

No período de dois a três anos, a criança só se interessa por outra se esta oferecer algo de bom, como um brinquedo. Aparece aos poucos o senso de cooperação – em vez de derrubar a pilha de blocos do amiguinho, ele poderá ajudá-lo a erguê-la. Mas a briga por brinquedos numa brincadeira em grupo ainda existirá, mas poderá ser convencido a ceder de vez em quando. Nestes momentos é importante que os pais orientem, mas também devemos deixá-los tentar resolver seus “problemas” sozinhos.

 

A partir dos quatro anos, a criança já consegue obedecer a algumas regras simples quando brinca em grupo. É a fase em que a criança vai testar limites de sua independência e aprende a desafiar a autoridade. É importante reprimir seu filho quando demonstrar desrespeito a você e aos amiguinhos. Eles já entendem que estão fazendo errado, então vale sempre a conversa e mandá-los refletir sobre o ocorrido, mas preferencialmente na sequencia do fato, para que eles não esqueçam.

 

Se você sentir a necessidade de discipliná-lo, tire-o do grupo antes de falar com ele – se reprimi-lo em público, ele tenderá a insistir no mau comportamento, devido ao embaraço provocado pela “bronca”. Afinal, quem gosta de ser advertido na frente dos outros? Para eles é uma forma de humilhação, vergonha… Que devemos evitar e buscar SEMPRE a paciência, que muitas vezes parece faltar!

 

Agora sim! – Com seis anos, a criança está pronta para aceitar regras de convivência. Agora poderá fazer uma amizade de verdade. Aqui limites também são exigidos pelos amigos. As crianças aprendem que se baterem vão apanhar, ou pelo menos correm o risco. Aqui em casa foi realmente nesta idade que Camila começou a falar mais em amizade e amigos! Antes eram os coleguinhas e tanto fazia se ela conhecia há anos ou tinha acabado de conhecer, mas a partir dos 6 anos ela realmente começou a criar os vínculos!

 

Mas desde cedo é preciso ensinar a criança à não discriminar ninguém. Para ser um bom amigo é preciso ter limites e saber lidar com as diferenças. Em situações de conflito os pais devem agir como mediadores, levando o filho a se colocar no lugar da outra criança. E fazê-los entender que ninguém é perfeito e está sempre certo, muitas vezes, mesmo querendo acertar cometemos erros.

 

Sigo muito estas “regrinhas” da boa convivência e tem dado super certo com Camila que é super fácil de fazer amizades e está aprendendo a se impor quando necessário, espero que dê com Manu também!

Minha Melhor Amiga

E a #DicaDeLivro hoje vai para os pequenos grandes amigos, para que as crianças comecem a entender o valor de uma amizade. Como um amigo deve se comportar, o que devemos esperar de um amigo. E foi exatamente por isso que eu comprei este livro para minhas meninas “Minha Melhor Amiga”, aprenderem ainda cedo o valor de termos e sermos bons amigos! A única ressalva que eu faço é, devemos sempre lembrar que não precisamos nem devemos ter apenas um grande amigo e sim muitos amigos, pois na vida sem dúvida os amigos são os nossos maiores tesouros! E amanhã em nosso #PapoDeAdulto este assunto de amizade infantil continuará, fiquem ligadinhos…

 

 

Sinopse:

Não existe ninguém no mundo como sua melhor amiga, seja para dar uma volta de mãos dadas, ou para um empurrãozinho no balanço. Este livro adorável fala sobre todas as coisas que fazem da amizade algo tão maravilhoso e é perfeito para compartilhar e guardar como um belo tesouro.

 

Ficha Técnica

Livro: Minha Melhor Amiga

Autor: Xanna Eve Chown

Ilustração: Annabelle Spenceley

Editora: Ciranda Cultural

Indicado: para crianças a partir de 5 anos

Amizade de infância!

Elas são tão pequenas, mas com apenas 5 anos já podem dizer que possuem uma grande amiga! Elas já compartilham momentos e muitas emoções há 4 anos… E você e seus filhos têm amigos assim? A minha já chegou a falar que a amiga era irmã… Coisa mais linda que me faz ter muito orgulho!

 

Hoje 20 de julho é comemorado o Dia do Amigo!! Você já mandou um beijo especial para os seus amigos? Você tem amigos de infância? Lembra de histórias e tempos bons vividos juntos? Seus amigos atuais, os de maior contato são de que época da sua vida?? Pois é exatamente sobre este assunto que iremos falar hoje: Amigos e sua importância.

 

Quando os pequenos entram na escola o convívio diário com tantas outras crianças é diferente do que eles estavam acostumados, mas logo eles se acostumam e começam a querer cada vez mais este contato, começam a se formar os “grupinhos” de amigos as afinidades começam a aflorar… E diferente do que muitos pais pensam: “que é bobagem alimentar estas amizades”, mas elas são super importantes para a socialização e formação da criança.

 

A partir dos 2 anos é que as crianças começam a se interessar umas pelas outras, e isso pode ser observado através das interações e brincadeiras. Antes elas são mais individualistas e na maioria das vezes preferem brincar sozinhas ou com adultos.

 

Como eu disse acima, é importante que os pais incentivem o cultivo deste convívio, pois estes novos relacionamentos fazem com que a criança se sinta mais segura e acolhida. Prova disso é quando uma criança não se intimida em uma situação nova, pelo simples fato de ter a companhia de uma amiguinho.

 

Pesquisando sobre este assunto,  descobri que “estudos nos EUA, comprovam que as relações formadas dos 6 meses de idade até a adolescência exercem enorme influência na vida das pessoas, promovendo sentimentos positivos e contribuindo para administrar problemas que surgirão mais para frente, como a rejeição. A amizade pode, inclusive, prevenir sentimentos de solidão e até de depressão.”

 

Com a convivência e troca de experiências as crianças começam a perceber que existem outras realidades, hábitos, histórias, modelos de família, experiências que só são possíveis na relação com outra criança. É importante que os pais sejam mediadores destas amizades, mas sem forçar e impor situações. Nós pais temos que ficar atentos e dar limites, em alguns casos:

1) é comum a criança querer imitar o amiguinho, mas não podemos deixar que ela perca a sua identidade.

2) quando ocorrem brigas não podemos deixar que se agridam, mas é importante dar espaço para que eles  se entendam e aprendam a se defender e respeitar o próximo. Devemos proporcionar momentos de disputa através de  jogos e brincadeiras, mas sem nunca estimular brigas.

 

Nesta fase as crianças precisam da participação dos pais para intensificar a amizade, fazendo isto com passeios e visitas e cabe a nós avaliar se a criança e sua família compartilham dos mesmos princípios e valores . E caso não seja, devemos afastalá-las aos poucos para não causar traumas. Mas só devemos interferir neste aspecto, e deixar que elas escolham quem querem como amigos e principalmente como “melhor amigo”. Afinal como diz o velho ditado popular “amigo é a família que escolhemos”. Os primeiros amiguinhos surgem, geralmente na escola, na família ou na vizinhança…

 

Dica: antes de deixar seu filho passar o dia na casa de um coleguinha é importante que os pais se conheçam. para saberem os hábitos e comportamentos daquela família.

 

1) Podemos começar a pensar na possibilidade de deixar nosso filho passar o dia na casa de um coleguinha, ou parte dele, ou de chamar alguém para a nossa casa, quando eles já conseguem se alimentar sozinhos e ter uma certa autonomia, isto ocorre por volta dos 3 a 4 anos.

 

2) Já as noites são mais complicadas. A criança precisa já estar dormindo sozinha, não ter medo de escuro e preferencialmente não fazer xixi na cama, para que não haja constrangimentos de nenhuma das famílias.. O que acontece geralmente por volta dos 6 ou 7 anos.

 

No mais é só fiscalizar e deixar que os pequenos criem e desenvolvam seus laços de amizades.

 

Acho que já mencionei isto antes: eu dou muito valor às minhas amizades, mesmo àquelas que eu não vejo há tempos e não nos falamos com frequência… Tenho AMIGOS verdadeiros! Algumas destas amizades começaram bem cedo, com pessoas que conheço desde os 2 anos de idade (isso foi ontem, kkkkk) estudamos juntas, dividimos alegrias e tristezas durante uma vida inteira!!! Fiz mais amigos ao longo do tempo, na faculdade, no trabalho e agora já fiz amigos até por causa da minha filha, mas nem por isso eu me afasto das “velhas” amizades. É sempre bom SOMAR! E esta é uma lição que tento passar para a minha filha: na vida quanto mais amigos melhor!!

 

Beijos a todos que de alguma forma se tornaram meus amigos, mesmo que virtualmente!!!