Mas…

Recebi este texto do Cinematerna e não pude deixar de compartilhar com vocês… É uma grande verdade e tenho certeza de que todas as mães irão se identificar com ele. Principalmente as que estão vivendo estes momentos agora, serve como consolo de que não somos as únicas.

 

Quem tiver uma história interessante ou um desabafo para compartilhar conosco será um prazer, basta enviá-la por e-mail (regina@dicasmiudas.com.br).

 

 

“Quando estava grávida, a frase que mais ouvia de quem já tinha filhos é “sua vida vai mudar”. Escutava tanto, que até parecia uma condenação.

 

Nasceu! Meu filho tinha acabado de sair do ventre, veio para meus braços e… nossa, que olhos esbugalhados! Sim, esse foi meu primeiro pensamento. Claro que senti um amor profundo por aquele pequeno ser melecado que gritava a plenos pulmões. Mas não era para ser arrebatador?

 

Pois é, o bebê nasceu, mas a barriga continuava lá, enorme. Para mim e a maior parte das mulheres, a barriga fica por semanas ou meses. Ou, triste dizer, por anos.

 

Com o passar dos dias, ao invés de alegria, sentia uma certa melancolia, meio sem explicação. Ia e vinha, mas para algumas, a tristeza só vem, não vai.

 

No começo, amamentar dói! O mamilo arde, racha, sangra e machuca, muito. Ué, não era para ser natural, instintivo e parte da maternidade? Não?

 

Passou um mês do nascimento e eu me via entre quatro paredes com um pequeno ser com o qual tinha dificuldade em me comunicar. Tô bem, repetia para mim mesma – quando os melhores adjetivos seriam insegura, angustiada e perdida.

 

O bebê chorava, chorava, chorava. Já tinha amamentado, trocado fralda, dado banho, e ele berrava, berrava, berrava. Alguém tira esse bebê daqui, pelamordedeus?

 

Os palpites vinham de todas as partes. De gente próxima e de gente completamente desconhecida. Eram inúmeros conselhos, baseados ou não em evidências. Alguns comentários eram sem tato, quase (ou totalmente) ofensivos.

 

Os amigos ligavam e queriam combinar uma saidinha. Às 9 da noite. Não vai dar, gente. Aos poucos, alguns se afastaram – ou fui eu que me afastei? Em compensação, conheci outras pessoas maravilhosas e nossos filhos viraram grandes amigos.

 

No meio da madrugada, um choro ao longe dava um arrepio na espinha. O marido queria ajudar, mas fazia tudo errado (na minha percepção), dando origem a uma discussão na calada da noite.

 

Ainda assim, posso dizer: a maternidade é uma das experiências mais sublimes que uma mulher pode passar.

 

(Texto escrito por Irene Chissa Nagashima)

 

É ou não uma grande verdade?! Qual a parte que você mais se identificou? Beijos maternos!

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  1. Ler esse texto fez passar um filme na minha cabeça! É muito parecido com o que vivi. O bom é que hoje lembro desse tempo e fico impressionada com a saudade que sinto, apesar de tudo. Se tivesse condições financeiras, engravidaria novamente (pra ver se dessa vez teria uma menininha) kkkkk.