Filho único

 

Um assunto que no ano passado rondou bastante meus pensamentos e me fez rever algumas decisões em minha vida foi o tema do post do “meu pediatra, ou melhor dizendo, da minha filha” Dr. Fernando Azevedo. E resolvi compartilhá-lo com vocês, pois acredito que deva ser uma dúvida muito comum entre os casais: quantos filhos teremos??

 

Eu já tinha decidido que “fecharia a fábrica” com minha única princesa, mas algo me despertou para o peso que eu estava colocando em suas costas. Não agora, pois acredito que possamos dar uma boa educação, sem tantos mimos e manhas e em relação à companhia ela tem os amiguinhos da escola e os priminhos, mas no futuro, quando ela não tivesse com quem dividir a responsabilidade de decidir sobre sua família, seus pais… E os almoços de domingos em família? E os meus netos que não teriam primos… Realmente era muito egoísmo da minha parte, ela merecia pelo menos um companheiro (a) para a vida toda. Afinal irmãos são seres engraçados, podem brigar ficar sem falar, mas o amor estará sempre lá guardadinho e como minha mãe sempre me disse: “na hora do sufoco é com a família que contamos. Amizades se afastam, casais se separam, mas a família estará sempre lá, pro que der e vier”. E foi assim que eu bati o martelo e “encomendei” a companhia de toda uma vida para a minha filhota e espero realmente que elas sejam grandes e melhores amigas sempre!

 

Mas voltando ao post de Dr. Fernando, segue abaixo trechos dele e quem quiser ler na íntegra basta clicar no nome dele, que está em destaque.

 

… abordei o meu tempo, as famílias com 10, 20 filhos. Naquele tempo o filho único era uma coisa realmente estranha na sociedade e como as crianças iam para a escola aos 5/6 anos, muitas vezes a participação social delas era pequena até essa idade. Vários rótulos eram colocados: mimado, egoísta, “criado com vó” e isso poderia ser um fator de perturbação psíquica para a criança e superproteção por esse motivo da parte dos pais.
… certos comportamentos vão se modificando e consolidando-se. Filho único hoje é fato comuníssimo e não chama a atenção. A predominância é a família de dois filhos, já sendo diferente quem tem três. E por que isso? Situação econômica e social para explicar tudo. Um filho hoje, segundo algumas pessoas do meu convívio que adoram o economês custa entre R$1.500 a R$2.000,00 reais por mês na classe média. Custo rotineiro sem situações de emergência. Os espaços são pequenos. As mulheres querendo ter filhos após os 30 anos o que já preenche o rótulo de primípara idosa.
Por outro lado com a mulher ocupando todos os espaços no mercado de trabalho o bebê vai conhecendo um mundo de irmãos nas creches, escolinhas etc. e não é mais aquele ser solitário de décadas atrás. Costumo dizer aos meus filhos quando eles me acusam de deslizes na educação deles (sempre fui muito tolerante, nunca bati, sempre orientei o caminho do bem e do mal, mas sem ir atrás para ver, e deu tudo certo) que educar é uma coisa difícil. Se a família é numerosa é mais complicado e se o foco é um único rebento fica mais fácil. Agora boa e má educação acontece em qualquer família.
O filho único tem mais responsabilidades pessoais no presente e no futuro. Recairá sobre os seus ombros a velhice dos pais. Há um jargão popular que diz: um pai sustenta 10 filhos, mas 10 filhos não sustentam um pai.  Já dizia o grande Adoniran Barbosa em “Trem das Onze” SOU FILHO ÚNICO/ TENHO A MINHA CASA PARA OLHAR/NÃO POSSO FICAR/. Adoniran era um rapaz pobre, muitas décadas atrás. Cazuza era um rapaz rico e atual. Na sua música FILHO ÚNICO ele diz VOCÊ TEM QUE ENTENDER/QUE EU SOU FILHO ÚNICO/QUE OS FILHOS ÚNICOS SÃO SERES INFELIZES/. Analisem os contrastes.
E vocês quantos filhos têm? Pretendem ter quantos? Por qual motivo? Já parou para refletir sobre este assunto? Beijos e Boa Semana!

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  1. Tenho dois, e quero manter nesse número. Se eu ganhasse na Mega, até teria mais, mas os custos são muito altos. Mas como não fiz ligadura de trompas, preciso me cuidar kkkkkkkk