Bienal só daqui há dois anos

É pessoal a Bienal acabou, muitas pessoas passaram por lá e arrisco dizer que graças à Bienalzinha o número  de crianças aumentou bastante e ao invés de ficarem reclamando do cansaço e pedindo para irem embora elas curtiram cada momento, mas não apenas  brincando e dançando. Elas puderam ler e manusear vários livros.

 

E como eu havia falado que passaria para vocês a Bienal por diversos olhares vou relatar a impressão de mais duas pessoas e depois fechar com as minhas opiniões diante de todos os depoimentos que recebi.

 

Fotos: Arquivo Bienalzinho

 

Fátima Lucas, psicopedagoga, mãe e avó

Como sempre gosto muito dos textos que ela me manda, não vou fazer nenhuma alteração nem intervenção…

 

“Visitar uma feira internacional de livro, pra mim, tem sabor de contatos: com livros, livreiros, autores e leitores, trocando experiências a partir de suas leituras anteriores e as do momento e, inevitavelmente, ampliando o acervo de informações a respeito de assuntos de interesse pessoal. Sempre que frequento esses espaços, tenho a impressão de estar a conversar com os autores, mesmo que eles não estejam presentes, simplesmente pelo fato de suas ideias estarem pairando no ar, acima das prateleiras e dos estandes, onde estão olhos ávidos pelo que de novidade por ali exista.

Assim, fui com essa expectativa para a visita que programei fazer ao espaço da IX Bienal Internacional do Livro de PE, nesta quinta-feira, na hora do almoço, por preferir um ambiente mais calmo para circular livremente pelos estandes. De fato, o pouco movimento do horário foi ideal para mim, e graças a ele pude percorrer todo o espaço para fazer um inventário acerca do que estava exposto para, depois, me deter em alguns em especial.

Como esperava encontrar uma diversidade maior de editoras de referência expondo seus livros, procurei algumas especialmente e não encontrei, como a Bagaço, por exemplo, tão pernambucana e grande incentivadora das produções locais. Por outro lado, circulei por muitos lugares que reuniam publicações com muito apelo comercial e de qualidade duvidosa para meu gosto exigente, expondo seus produtos com placas que destacavam preços muito abaixo do que o mercado oferece, principalmente de livros para o público infantil.

E por falar nesse público, fiquei encantada com o espaço da Bienalzinha, muito bem cuidado para atender aos pequenos e prometendo programação diversificada e adequada ao seu interesse.

As oficinas, debates e seminários programados, estavam começando a ocorrer em diferentes locais enquanto estive por lá e pareciam despertar a atenção de público que se aproximava, tomava assento e participava deles.

A nona edição desse evento confirma, mais uma vez, que tem público ávido por esse produto, de grande importância para ajudar a construir cada vez mais intimidade com as letras que estão nos diferentes portadores de texto, sendo essa tão necessária para se crescer como sujeito num mundo que requisita a todo momento mais e mais informações de todos(as) nós, além de visão crítica para distinguir o que de qualidade está a nossa frente. ”

 

Regina Dias, Arquiteta e blogueira, mãe de duas princesas Camila de 5 anos e Manuela de 1 mês

 

Infelizmente não pude ir à Bienal este ano, por causa do nascimento da minha Manu, mas acompanhei tudo pelas redes sociais, pelo site do evento e pelos olhares e comentários de várias pessoas que foram. Desta forma me senti participando também do evento e me sinto com propriedade para opinar sobre a Bienal e principalmente da Bienalzinha.

 

O evento foi muito bom e organizado, colocando a disposição dos visitantes uma ótima estrutura de stands e de apoio. Em relação aos stands o comentário era que os livros estavam com ótimos preços, porém não tinha uma variedade muito grande de títulos, uma vez que estes eram mais de revendedores e não de editoras, ou seja, terminava havendo a repetição dos livros ofertados em vários stands diferentes, não havendo diferenciação nem mesmo nos preços.

 

Sem sombra de dúvidas o ponto alto foi a Bienalzinha, e digo isto não só pelos olhos dos pais, mas de várias pessoas que estiveram presentes e elogiaram a estrutura e organização. Foi realmente o grande diferencial das edições anteriores… Lá as famílias além da estrutura física, com fraldários, lanchonetes e área de convivência tinham também a opção de pagando uma entrada usufruir de recreação, brinquedos e shows infantis, que foram um sucesso. Outro ponto alto e muito elogiado foi o stand do Detran, que levou os palhacinhos do trânsito que encenavam e interagiam o tempo inteiro com o público presente.

 

Mas como nada é perfeito, tiveram algumas críticas que vou mencionar como forma de crítica construtiva, para que sejam repensadas para as próximas:

 

1) A proibição de comida e bebida na área fechada (paga) é difícil e complicada, pois são muitas horas lá dentro (o passaporte dava direito a 4 horas) como fazer para uma criança ficar tanto tempo sem nenhum lanchinho?

 

2) Nesta mesma área fechada também não tinha banheiro, nem mesmo para as crianças. Quem quisesse ir, poderia até conseguir sair e entrar novamente, mas apenas uma vez… Vá dizer isto a uma criança…

 

3) Deveriam pensar numa forma de diversificar mais os produtos, talvez até estabelecendo limite de stands “iguais”

 

No mais é realmente colocar as crianças para aproveitar as comprinhas e passar os próximos anos lendo ainda mais enquanto esperam a próxima edição da Bienal!

 

Fotos: Janela Estúdio

Bienal por vários olhares!

Infelizmente este ano eu não poderei ir à Bienal, por causa da minha pequerrucha, que está com pouco mais de um mês e só faz mamar o tempo inteiro… Mas para não deixar de contar a vocês como está a Bienal e a Bienalzinha eu convoquei algumas amigas que acompanham o Dicas Miúdas para darem suas opiniões sobre o evento. Então vou passar para vocês o que elas me relataram e espero que sirva para animar e guiar vocês na visita deste final de semana, aproveitem que são os últimos dias. E o mais legal é que são pessoas com perfis diferentes e consequentemente darão opiniões e considerações diferentes…

Quem quiser mandar suas fotos e opiniões também, é só enviar pelo Face, IG (maracndo #dicasnabienal)ou por e-mail (regina@dicasmiudas.com.br)

 

Luciane Candéas, administradora, mãe da pequena e muito fofa Luiza de 5 anos

 

Elas foram mais de uma vez, então puderam observar mais detalhes do evento… No  primeiro dia elas se dedicaram mais a diversão na Bienalzinha, com muitos shows e recreações. Assistiram a apresentação do grupo teatral ‘Baú encantado‘ que não conheciam e acharam fantástico. E assistiram o show das Fadas Magrinhas, muito bom! Apesar de não comprarem nada no primeiro dia, elas já começaram a escolher alguns títulos e observaram que os preços estavam ótimos, bem melhores que a ultima bienal…

Outra consideração feita por ela foi que a equipe de recreação da Bienalzinha é excelente, não deixando ninguém parado. Salientou que a bienalzinha é gratuita, porém esse espaço de recreação onde também acontecem os shows é pago. E no terceiro dia o valor da entrada foi reduzido, criança passou de R$30,00 para R$20,00.

Já na área comum da Bienal elas encontraram Tia Verinha lançando o seu livro com cd A Arca dos livros e contando muita história.

 

Crédito: Luciane Candéas

 

Carolina Leitão, professora, mãe de Luca de 9 anos

 

Eles foram na segunda feira, dia com menos eventos… Ela achou muito menor do que nos anos anteriores, poucas editoras, sendo mais distribuidoras com os mesmos livros em 90% dos stands. Seu filho também não gostou, não tinham novidades nos livros que ele gosta, mas ela ainda comprou alguns materiais  pedagógicos para usar em suas aulas.

 

Geórgia Araújo, psicóloga, mãe de Bruninho de 6 anos

 

Eles foram no sábado, ela achou a feira ótima, porem esperava um público maior. Eles assistiram e gostaram do teatrinho do DETRAN, divertiram toda a criançada presente. Assistiram o debate sobre o livro do blog do santinha, do qual seu marido Inácio França participou, prestigiaram a venda de livros da trilogia do Santa Cruz. Assistiram um recital de poesia. E encontrou ótimas opções de livros e materiais diversos para a criançada!

Crédito: Geórgia Araújo

Virgínia Ory, dona da Zepelim, mãe de 3 lindos pequenos  Luiz, Pedro e a princesinha Elisa de apenas 1 mês
Apesar da licença maternidade, Virgínia não pode deixar de ir à Bienal para cuidar e receber os clientes e amigos, no stand da Zepelim e registrou através de fotos o que ela e os seus pequenos mais gostaram.

Crédito: Virgínia Ory

Mariane Bigio, cordelista e contadora de histórias
Mariane fez a diversão dos pequenos em duas sessões diárias durante o final de semana e nos mandou seu olhar através de fotos.
Letícia Garcia, Jornalista e mãe dos gêmeos Carlos e Manuel de 2 aninhos
Como ela é jornalista, não vou nem mexer no texto que ela me mandou, kkk
“O que eu achei da Bienal: O mesmo que achei da passada: pra crianças, ótimo! Tem muitos livros a preços bons. Dá pra sentar com eles no chão, folhear bastantes livros, comprar alguns e levar pra casa.Mas muitos estandes vendem os mesmos livros, com os mesmos preços. Pra comprar pra adultos, são poucos os estandes. As palestras continuam sendo inaudíveis, por causa do barulho do ambiente.

A bienalzinha, achei fraca, só o estande do Detran era legal, o resto era de venda de produtos e a parte pras crianças brincarem tava muito cheia, aquela que paga. Os meninos se divertiram com fantoches, com brinquedos da Zepelim, desenhando no estande do Detran, tocando pandeiro com uma vendedora e, do lado de fora, tirando foto no carro dos bombeiros! E, claro, com os livros.”