Vai chegar um irmãozinho?!

 

Já havia falado por aqui sobre o meu cuidado na preparação da cabecinha da minha pequena com a chegada da irmãzinha, muitas conversas e até livros sobre o assunto durante toda a gravidez. Todos me diziam que eu não teria problemas, pois ela era muito bem resolvida e amadurecida, apesar dos seus poucos anos (cinco e meio), mas eu confesso que não tinha a menor ideia de como seria.

 

Pois bem, minha pequerrucha nasceu e agora com dois meses eu já posso dizer que foi e está sendo tudo da melhor forma possível. Camila (minha pequena) AMA tudo relativo a sua irmãzinha (a pequerrucha), até mesmo trocar fralda. Assim como fazia durante a gravidez, tento colocá-la participando de tudo. Sempre chamo ela para participar, vou mostrar as novidades… E ela realmente está encarando muito bem a situação, mas é claro que nem tudo é um mar de rosas. Ela sente muito a minha falta, principalmente no primeiro mês, quando a bebê exigia mais cuidados e eu estava recém operada.

 

Ela relutava para ir a escola, não queria mais sair para passear e certa vez chegou a dizer para o pai que estava triste porque eu não cuidava mais dela. Não preciso nem dizer que estas palavras vieram como uma flecha em meu coração, não é?! Mas a partir de então, eu me virei em mil para dar conta de retomar pelo menos parte das minhas atividades com ela: arrumar para a escola, banhos, historinha antes de dormir… E ela aos poucos foi se animando mais.

 

Já se passaram dois meses e ela está ótima, mas esta semana veio me contar um sonho “muito triste” que ela teve:

– mamãe, eu sonhei uma coisa muito triste, mas muito triste mesmo… É que a gente tinha saído para passear, mas era muito triste mesmo mãe… E depois você entrou no carro e voltou para casa, e me esqueceu!

Eu sem nem pestanejar respondi: filha, mamãe já te esqueceu?Isso nunca vai acontecer!

– Não mãe, era um sonho ruim…

Mas eu fiz questão de explicar: filha mamãe te ama muito, mas muito mesmo e jamais te esqueceria em algum lugar, certo?!

E neste instante ela me deu um lindo sorriso, como se ela estivesse apenas esperando para ouvir isso.

 

Pois é, podemos até achar que eles estão ótimos, mas no fundo no fundo, não tem como não se abalar e ficar inseguro com a chegada de uma coisinha pequena e que todos acham fofo e lindo, não é?!

 

Para quem está gravidinha do segundo ou terceiro… Seguem algumas dicas para tentar amenizar este ciúmes?

 

1) Coloque seu filho para particiar de tudo, peça a opinião dele, faça com que ele sinta que faz parte e é muito importante na família.

 

2) Quando voltar do hospital, por exemplo, deixe que outra pessoa carregue o bebê para que seus braços estejam livres para abraçar o mais velho.

 

3) Peça ajuda dele para pegar fraldas ou até escolher a roupinha do bebê. Aqui em casa ela me ajuda a cantar e contar historinhas para entreter a bebê. Mesmo tendo apenas um mês  a pequerrucha já assistiu até teatrinho de fantoches encenado pela irmã (kkkkk)

 

4) É importante estreitar o relacionamento da criança com o pai e parentes que poderão ajudar nos afazeres do dia a dia e até nos passeios, após o parto. Mas não insista, nem force nenhuma situação. Evite grandes mudanças à medida que o parto se aproximar ou logo após, mesmo que isso signifique adiar o desfralde ou a retirada da mamadeira ou da chupeta.

 

5) Nos primeiros dias e mês de vida do bebê é bem complicado para a mãe poder dar atenção já que tem que ficar quase que exclusiva com o bebê, então é importante que o pai, avós e tias ajudem dando mais exclusividade ao mais velhinho. Mas não force, aqui em casa tentamos isso no início, quando ela estava indo passar os finais de semana com a tia e o primo, mas ela começou a interpretar a situação como se eu estivesse afastando-a de mim e da irmãzinha. Começou a não querer sair de casa e ficar muito isolada. Imediatamente mudamos os planos e ela voltou a ficar em casa mesmo, só saindo quando quisesse.

 

6) E no mais muito amor o tempo inteiro, para que ele não esqueça muito do quanto é amado e que nada nem ninguém mudará este sentimento!

 

E vocês como foi com a chegada do segundo ou terceiro filho??