O que é Sling?

Sempre ouvi falar dos slings, mas pouco sabia deles e assim como eu, muitas famílias deixam de usar por falta de conhecimento e até por preconceito e para dar um basta nisso vamos falar um pouco sobre este “acessório” que é tão útil a muitas mães e pais também!!!
E para explicar um pouco convidei a jornalista Mariana Mesquita, que além de mãe usuária de sling ela também a responsável pela Sling Casulinho. E ela preparou uma série de matérias sobre este tema que irei postando aos poucos aqui no Dicas Miúdas, sempre às terças feiras.

 

Então vamos a primeira da serie que vem para explicar, você sabe o que é sling?  Por Mariana Mesquita.

 

 

Você que é pai, mãe, tia, avó, já deve ter reparado na “moda” que surgiu nos últimos anos. O que talvez não saiba é que o sling (suporte, tipoia, em inglês) não é nada “tão” novo, assim. Gosto de dizer que  se trata da “novidade mais antiga da humanidade”.

 

Na verdade, todos estes “novos” carregadores de bebê são releituras de suportes que existem na maior parte das culturas tradicionais de todos os continentes. Sim, todos. A gente lembra mais facilmente das capulanas africanas e das kepinas usadas pelos índios, nos Andes. Mas tem sling típico da Europa, da Ásia, da Oceania. E tudo porque, na verdade, eles respondem à necessidade básica de COLO que é comum aos seres humanos de qualquer origem.

 

O que é que os slings fazem? Eles proporcionam uma espécie de “barriga de transição”, exatamente como a que os cangurus e outros marsupiais possuem. Carregando seus bebês, as mães têm outras vantagens: podem se locomover mais facilmente e realizar suas tarefas diárias sem maiores preocupações, contando com seus braços livres. Isso é algo estava se perdendo um pouco, em nossa cultura ocidental, e é muito bom perceber que as pessoas têm procurado resgatar essa tradição, que só traz benefícios. Estes bebês costumam ser mais relaxados e dormir melhor à noite. Dentro do sling, o pai ou a mãe compartilha calor, cheiro, aconchego com o filho, mostrando que está disponível e que o ama.

 

Na Europa e nos Estados Unidos, além de se tornarem itens corriqueiros, eles são considerados extremamente fashion.  Carregar os filhotes é algo instintivo em nossa espécie, tanto que existem vários tipos de artefatos tradicionais desenvolvidos especificamente para isso. Embora tenha gente que ache besteira, que diga que o sling vai “mimar demais” as crianças e que é uma moda sem sentido,  ou que as pessoas estão querendo usar porque as estrelas de Hollywood  aderiram à ideia (dê uma olhadinha no Google e vai encontrar gente como Gisele Bundchen, Angelina Jolie, Brad Pitt e tantos outros “famosos” se deliciando com a sensação de manter seus filhotes, pertinho de si!), é fácil perceber que se trata de algo bem mais profundo que isso.

 

Existe uma filosofia por trás dessa proposta: transmitir afeto, calor, segurança, que junto com o alimento é tudo de que o bebê necessita. Nos Estados Unidos criaram até termos para descrever esse conceito: “babywearing”, que quer dizer “vestir o bebê” (no adulto!) e “attachment parenting”, que poderíamos tentar traduzir por paternidade “colada”, “amarrada”, ou seja, dedicada, intensiva, termo que no Brasil foi representado pela expressão “criação por apego”. É essa proximidade que vai permitir que a criança se sinta amada e segura, crescendo autoconfiante e se desenvolvendo de maneira plena.

 

Além dos claros benefícios psicológicos que a proximidade com a mãe (ou o pai) traz, o sling faz bem e previne diversas doenças.  Ele facilita a amamentação, ajuda no desenvolvimento de bebês prematuros (já ouviu falar na técnica de “mamãe-canguru”, utilizada nos hospitais para acelerar a recuperação de prematuros extremos?) e auxilia no tratamento do refluxo gastroesofágico, além de prevenir a displasia do quadril.

 

Por hoje é isso e na próxima terça feira Mariana irá falar sobre os diversos modelos de Slings e suas características, quem tiver alguma dúvida sobre o tema pode me enviar por email regina@dicasmiudas.com.br

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