O que tem dentro da sua fralda?

A dica de hoje vai para as famílias que estão entrando ou vão entrar em processo de desfralde. “O que tem dentro da sua fralda?” é um livro infantil para que as crianças possam brincar enquanto aprendem que podem ficar sem fralda e usar o penico… Cheio de Abas o que faz dele ainda mais atrativo, tornando o momento da leitura uma grande brincadeira. E todo o texto é escrito em letra bastão, facilitando a leitura dos que estão começando a aprender a ler… Vamos aproveitar estes momentos de leitura com as crianças para passar alguns “recadinhos”, sem tanta pressão e fazer deste momento o mais prazeroso possível! E por aí alguém com dificuldade no processo de desfralde??

 

 

Sinopse:

Ratinho é muito curioso. Ele gosta de descobrir como tudo é por dentro. Nada escapa de Ratinho, nem mesmo as fraldas de seus amigos. Coelho, Cabrita, Cachorrinho, Bezerro, Potrinho e Porquinho, todos mostram suas fraldas. Então, claro, eles também querem ver a fralda de Ratinho. Uma grande surpresa os espera. Um livro com abas sobre a grande curiosidade de um pequeno rato.

 

 

Ficha Técnica:

Livro: O que tem dentro da sua fralda?

Autor: Guido Van Genechten

Tradução: Vânia Maria A. de Lange

Editora: Brinque Book

Indicado: para crianças de 1 até 4 anos

Sling: Segurança – cuidados importantes!

Uma coisa que faz com que muitas pessoas deixem de usar o sling é o medo e a insegurança, mas se você tiver atenção e cuidado na hora do uso e da escolha do produto não terá nenhum risco e para esclarecer algumas dúvidas mais uma vez buscamos a colaboração de Mariana Mesquita que além de mãe usuária de sling ela também a responsável pela Sling Casulinho. para nos dar alguns “toques” importantes.

 

Segurança – Precauções  durante  o uso

 

Na imagem, podemos ver as seguintes posturas:
CORRETA – queixo elevado, o rosto do bebê deve ser sempre visível a quem usa o sling, boca e nariz devem estar livres para respirar.
ERRADA – rosto do bebê coberto.
ERRADA – bebê muito abaixo.
ERRADA – bebê posicionado com seu queixo de apoio contra seu pescoço.
ERRADA – rosto do bebê pressionado contra o tecido do sling.

 

O adulto deve certificar-se de que seu bebê pode respirar quando estiver dentro da peça, o que é essencial no caso dos recém-nascidos. Lembre-se sempre de verificar se há abertura para o ar circular e nunca permita que seu bebê fique posicionado com o queixo encostado no tórax. Esta regra se aplica não apenas para slings, mas também para quando carregar seu bebê nos braços, em bebês conforto, ou em qualquer outra situação do gênero, porque esta posição pode restringir a habilidade de respiração dos recém-nascidos.

 

Além disso, nunca substitua um assento para veículo por um sling: ele não oferece a segurança necessária para se transportar um bebê num veículo. E ao circular, olhe onde pisa! Tenha cuidado redobrado em escadas, degraus e pisos em desnível. Se possível, evite saltos altos, calças de pernas largas, saias muito longas, ou qualquer tipo de situação que possa favorecer o risco de quedas. Lembre-se que você está ocupando um espaço maior. Tenha cuidado ao passar através de portas, multidões, objetos angulosos, etc. E, embora muita gente o faça, é complicado usar sling para andar de bicicleta ou ficar perto do fogão, por motivos óbvios. Use o bom senso.

 

Segurança – Argolas, costuras e outros detalhes essenciais na fabricação

 

Muita gente, ao ver um sling, acha que é uma coisa simples de fazer. E é,  mas todo o processo precisa ser visto de forma cuidadosa, utilizando material testado e adequado para essa finalidade. Infelizmente, no mercado brasileiro é muito difícil de se encontrar slings seguros à venda, especialmente nas lojas de bebês costumeiras – onde abundam peças feitas de tecido grosso, ou fraco, com argolas de plástico, madeira, latão e outros materiais fáceis de quebrar e, pior, vendidos por pessoas que não sabem explicar como usar. Tem muita gente comercializando peças inadequadas por aí, algumas a preço de banana e outras, mesmo ruins, por valores exorbitantes.  Aí, os pais acham que estão fazendo algo de bom para seus filhos e, na verdade, estão comprando uma armadilha que pode causar acidentes sérios a qualquer momento. Algumas pessoas são inescrupulosas, querem ganhar dinheiro barateando custos e sem se importar com segurança…  Esse é, infelizmente, o aspecto ruim do sling ter virado artigo fashion, “da moda”. Por isso, a melhor arma é a informação. É  preciso tomar cuidado e pesquisar na hora de adquirir o “seu” sling.

 

Os fabricantes sérios de sling, no Brasil, têm se reunido para procurar achar maneiras de divulgar a filosofia do babywearing e evitar que as pessoas comprem slings inseguros. No Recife, três fabricantes se reuniram para formar o grupo Maternaço (Casulinho, Enquanto eles dormem e Fio da Terra), que se reúne periodicamente, de forma gratuita, para falar a respeito de slings e outros temas importantes para as famílias e seus bebês. Essas reuniões são ótimas oportunidades para trocar informações. Desde já, sinta-se convidado(a)!

 

O perigo de adquirir um sling inseguro (que nem sempre é “baratinho” e visivelmente ruim) vai desde a pessoa não conseguir usar adequadamente a peça, ficando impedida de usufruir dos benefícios de um bom sling, até acidentes sérios. Não há nada do tipo relatado em nosso país, mas nos Estados Unidos já houve casos de bebês que fraturaram a cabeça após despencar de um sling de má qualidade que partiu.

 

Veja abaixo algumas dicas importantes, para saber se um sling é seguro!

 

Na maioria dos modelos, o ideal é usar tecido 100% algodão, que é mais fresco e confortável e também evita possíveis alergias, já que a pele dos bebês é bem sensível. Não pode ser um tecido grosso demais, por causa do calor, nem fino demais, pelo risco de rasgar com o uso. Uma boa opção é a tricoline ou percal de boa qualidade, com 180 fios ou mais.   No caso dos wraps, malha de algodão é uma boa pedida.

 

A costura, especialmente a que prende as argolas, tem que ser reforçada e feita com linha de qualidade.

 

As argolas são um item-chave no sling, e também um dos componentes mais caros. Não podem ser abertas, nem ter emendas ou soldas (mesmo soldas bem acabadas).  Têm que ser roliças, e não chatas, senão vai ficar difícil puxar/ajustar o pano. Elas também não podem ser ocas, de “metal banhado”, de madeira, de plástico...  Existem coisas pavorosas sendo utilizadas em slings, como argolas de cortina e fivelas de bolsa. Acho que o povo esquece que aquilo ali vai carregar um bebê!

 

Uma argola tem que ser resistente a peso e a impacto, e não pode ter emendas porque, mesmo que não quebre, ao roçar no tecido este, com o tempo, poderá esgarçar e romper. Pelo mesmo motivo, não se pode usar argolas chatas, fininhas, que além de partir podem rasgar o tecido. Quanto às argolas “banhadas”, podem descascar e enferrujar, além do risco da criança pôr na boca e engolir eventuais resíduos tóxicos. Assim, restam três tipos possíveis de argolas confiáveis: de nylon, de inox e de alumínio, todas testadas para esse tipo de uso.  Sempre roliças, maciças e sem emendas nem rebarbas.

 

Dicas de segurança extras: é importante checar sempre se as costuras estão firmes e se o tecido está inteiro, preservado, sem rasgões ou “esgarçados”.  Geralmente,  slings de qualidade podem ser lavados à máquina, normalmente, tomando o cuidado de, no caso dos slings de argola, protegê-las para evitar danos à lavadora. Para mais informações sobre segurança dos slings cliquem aqui!

 

Para ver outras matérias que já postamos sobre slings clique aqui: O que é Sling?, Alguns modelos e suas características, Segurança – modelos industrializados. Espero que tenham gostado e caso ainda tenham ficado com alguma dúvida podem perguntar regina@dicasmiudas.com.br!!!!

Sling: Segurança – modelos industrializados

E chegou mais uma terça-feira e ainda temos muito o que falar sobre os slings, sempre com a colaboração da jornalista Mariana Mesquita, que além de mãe usuária de sling ela também a responsável pela Sling Casulinho.

 

Muitas famílias acham estranhos os slings artesanais, não-estruturados, feitos com material que adapta à anatomia do bebê. Dizem que o bebê fica “torto” dentro dele (esquecendo ser esta a posição em que ficavam dentro da barriga) e preferem usar os cangurus industrializados, seja aquele modelo duro que parece um “paraquedas”, em que o bebê fica pendurado, seja um outro modelo que parece uma bolsa, mas é cheio de acolchoados e talas, conhecido aqui no Brasil como “o sling de Claudia Leitte” (porque a cantora escolheu um desse tipo para usar com o filho recém-nascido).

 

 

Além deles serem super desconfortáveis para o nosso clima quente, a impressão de segurança que transmitem às mamães usuárias, por conta de seu aspecto hi tech, infelizmente é completamente falsa.  Existem estudos mostrando que grande parte desses cangurus fazem mal aos bebês!

 

Os que deixam a criança pendurada podem gerar torcicolo e lesões na pelve e na coluna, e segundo fisioterapeutas não devem ser usados antes do bebê conseguir levantar a cabeça sozinho, já que geralmente não oferecem suporte ao pescoço e obrigam a coluna imatura da criança a suportar todo o peso do corpinho. Para saber mais sobre os slings fazer ou não mal à coluna, clique aqui!

 

E os que carregam a criança deitada –  os tais “da Claudia Leitte” –  têm sido alvo de denúncias nos Estados Unidos. Aconteceram vários casos de morte por sufocamento, por culpa do uso dessa peça inadequada. Como ele não é ergonômico, não se adapta à coluninha do bebê. O fato dele ser fechado e grosso impede a respiração e a criança, especialmente se for muito novinha, acaba sendo obrigada a ficar numa posição que força o queixo para baixo, causando falta de ar. O pior é que a mídia brasileira, diante das notícias que saíram no exterior, andou confundindo as bolas e botando a culpa no sling de tecido, que é seguro e pode ser usado inclusive por recém-nascidos.

 

O ideal é usar slings maleáveis, não estruturados, que se moldam de maneira suave ao corpo de quem carrega e à coluna do bebê. Montado da maneira correta, que deve dar suporte e ao mesmo tempo permitir que a criança respire bem, um sling é tão confiável quanto os braços da mamãe. Aliás, é exatamente essa a sua função: reproduzir as mesmas posições que os braços costumam assumir, ao carregar o bebê.

 

Outra Dica importante

 

 

Para ver as duas matérias que já postaram sobre slings clique aqui: O que é Sling? e Alguns modelos e suas características

Sling: Alguns modelos e suas características

Continuando a nossa conversa sobre slings, esta semana Mariana Mesquita, que está nos dando uma imensa colaboração vai explicar um pouquinho sobre cada modelo de sling. Nem sabia que tinham tantos kkkkk Se você não leu a primeira matéria sobre Slings acesse AQUI!

 

A primeira dica na hora de escolher seu sling é discutir conjuntamente, especialmente se a peça for ser compartilhada com outros adultos. Algumas mães erram ao escolher slings com estampas femininas e infantis, esquecendo que quem “veste” a peça é o adulto e que a maior parte dos homens não gosta de usar algo lilás com borboletas, por exemplo. Ou então, se alguém é extremamente tímido, deve evitar comprar uma peça de cor berrante, já que o sling por si só já chama bastante atenção. Então, para além da moda, é bom se perguntar: qual minha cor preferida? O que combina comigo, com as roupas que visto, os lugares que frequento? Como é que eu me sinto bem?  Com isso em mente, é mais difícil de errar.

 

Depois, vem a questão do modelo. É preciso escolher tendo em mente o que melhor se adequa  a seu estilo de vida e necessidades. Os pontos de partida vão ser a idade da criança que vai ser carregada e, novamente, as características dos adultos que irão vesti-lo. Cada sling tem suas especificidades, vantagens e desvantagens. O mais interessante seria cada família testar modelos diferentes, para ver como se sentem em relação a eles. Em nossa pequena empresa (Casulinho), produzimos três variações de slings de argola, duas variações de wrap, duas de pouch sling e, ainda, o tipo mei tai. Mas existem outros modelos no mercado. O importante é que sejam adequados à anatomia do bebê e fabricados com material seguro, para evitar possíveis acidentes.

 

Vejamos então alguns desses modelos:

Todas as fotos e imagens foram fornecidas por Mariana Mesquita – confecções da Casulinho, para usar na matéria

 

O wrap, também chamado de fular (nos países de língua espanhola) ou écharpe de portage (na França), é uma espécie de xale tradicional, ou seja, um pano bastante longo (mede cerca de 5 metros) que é enrolado no corpo da mãe e finalizado com um nó.  É aparentemente complicado, mas com o tempo seu uso se torna corriqueiro. É um carregador confortável, pois há muitas maneiras de dividir o peso do bebê nos dois lados do corpo do adulto. Como é preciso usar muito pano, o aspecto final às vezes é meio “carregado”.  Também pode ser quente demais, especialmente nas regiões onde faz calor excessivo.  É  muito versátil, muito confortável, pode ser usado por recém nascidos, bebês e crianças até cerca de três anos. É dobrável, fácil de carregar em qualquer bolsa, e ótimo auxiliar para mães que amamentam.

 

A kepina, por sua vez, também é um pano que se amarra, mas sobre um ombro só. Trata-se de um tecido dobrado em dois, como um envelope. Permite levar o bebê em posição fetal e deitado, desde o primeiro dia, atrás ou na frente de quem usa. É um porta-bebê tradicional da América; o termo é um verbo quíchua, língua dos antigos incas, ainda hoje falada na região dos Andes (Bolívia, Peru e Equador). Existem vários tipos de carregadores de bebê semelhantes à kepina, como a capulana, tradicional de Moçambique,  e o rebozo, muito usado no México. Na verdade, o termo “kepina” significa a ação de arrumar alguma coisa num saco ou embrulho para carregá-la. Por extensão, refere-se também ao próprio embrulho – no caso, o bebê. Entre as populações andinas, as mães costumam carregar seus bebês presos ao corpo pela kepina. Em caso de bebês prematuros, funciona como uma incubadora natural.  É simples, fácil de usar, cômodo e barato (pode ser improvisado em casa com qualquer tecido de 1,40m x 1,40m). Porém, depois de vestido não pode ser ajustado da forma como se faz com um sling de argolas e, para quem amamenta, também não há a vantagem da faixa extra que este proporciona.

 

O pouch (bolsa, em inglês)é visualmente compacto e simples de vestir. Alguns pouches não são ajustáveis, e quem compra precisa escolher o tamanho exato, já que vai precisar pôr e tirar sem fazer nenhum tipo de regulagem. Outros modelos usam velcro ou faixas para fazer o ajuste. Usa-se sobre um único ombro. Muitos homens gostam do modelo, por ser cômodo e ter aparência clean. Mulheres baixinhas, temendo o excesso de pano, às vezes também o preferem. É um dos porta-bebês mais fáceis de vestir, mas às vezes é difícil  posicionar o bebê dentro dele. É confortável, dobrável e lavável. A desvantagem, para quem amamenta, é que não há a vantagem do pano extra  que outros modelos, como o sling de argolas, proporcionam. Além disso, como o pouch não permite ajuste do “saco” que carrega a criança, os bebês recém-nascidos geralmente ficam limitados a estar na “horizontal”, deitados –  enquanto o wrap sling e o sling de argolas dão mais apoio  ao tronco e à cabecinha da criança novinha, na posição barriga com barriga.

 

O sling de argolas é uma tipoia ajustável por meio de anéis. Em espanhol, chama-se bandolera. Este modelo, especificamente, pode ter sua “história” mapeada. Dizem que foi inventado na década de 1980 por um americano chamado Rayner Garner  – veja mais neste link.

Mede cerca de dois metros de comprimento e pode ter, ou não, acolchoado no ombro e nas beiradas. Nós da Casulinho fabricamos slings de argolas de três tipos: tradicional, com aba comprida e bolso na ponta; petit, que é mais enxuto e não tem bolso, e geralmente é estampado; e brisa, que é feito com um tecido sintético furadinho e pode ser usado na praia e dentro d’água.  Para quem amamenta, o sling tradicional, com aba comprida e bolso na ponta, é o modelo mais indicado: o bebê pode passar da posição sentada para a deitada sem ser retirado do sling, e a faixa sobressalente ajuda a proteger o seio de olhares indiscretos. Já o sling petit é mais enxuto e costuma agradar, entre outros usuários, aos homens e às pessoas mais baixinhas, que se sentem intimidados pela quantidade maior de tecido que o sling tradicional emprega.  O sling de argolas tem a vantagem de ser ajustável, mesmo depois de vestido; e  todos os adultos que cuidam do bebê podem utilizar uma mesma peça (a não ser em caso de tamanhos/alturas realmente díspares).  Pode ser usado desde o nascimento até cerca de três anos ou 25kg. Também é dobrável e lavável.

 

O mei tai, que se assemelha ao canguru industrializado que conhecemos, mas na verdade é uma releitura de um carregador de bebês tradicional na China, e “primo” do carregador japonês ombuhimo e do coreano podegi. O mei tai funciona como uma mochila, ou seja, um quadrado de onde saem quatro tiras que são amarradas para segurar o bebê. Pode ser usado na frente ou atrás de quem carrega, porém não permite a posição deitada/fetal. Tem a vantagem de ser é fácil de usar para os padrões ocidentais. É confortável e, apesar de semelhante aos “cangurus” industrializados, é dobrável, lavável e fresquinho. Contudo, só pode ser usados por bebês mais velhos, pois não “sustenta” o pescoço e a coluna dos recém-nascidos (o uso inadequado pode causar lesões sérias em bebês pequeninos). Além disso, seu formato não facilita o processo de amamentação.

 

E vocês conheciam todos estes modelos de slings?? Eu não tinha a mínima ideia kkkk e na próxima semana Mariana irá falar um pouco sobre segurança e alguns cuidados que devemos ter na hora do uso. Quem tiver alguma dúvida sobre slings pode mandar que responderemos com o maior prazer (regina@dicasmiudas.com.br)

O que é Sling?

Sempre ouvi falar dos slings, mas pouco sabia deles e assim como eu, muitas famílias deixam de usar por falta de conhecimento e até por preconceito e para dar um basta nisso vamos falar um pouco sobre este “acessório” que é tão útil a muitas mães e pais também!!!
E para explicar um pouco convidei a jornalista Mariana Mesquita, que além de mãe usuária de sling ela também a responsável pela Sling Casulinho. E ela preparou uma série de matérias sobre este tema que irei postando aos poucos aqui no Dicas Miúdas, sempre às terças feiras.

 

Então vamos a primeira da serie que vem para explicar, você sabe o que é sling?  Por Mariana Mesquita.

 

 

Você que é pai, mãe, tia, avó, já deve ter reparado na “moda” que surgiu nos últimos anos. O que talvez não saiba é que o sling (suporte, tipoia, em inglês) não é nada “tão” novo, assim. Gosto de dizer que  se trata da “novidade mais antiga da humanidade”.

 

Na verdade, todos estes “novos” carregadores de bebê são releituras de suportes que existem na maior parte das culturas tradicionais de todos os continentes. Sim, todos. A gente lembra mais facilmente das capulanas africanas e das kepinas usadas pelos índios, nos Andes. Mas tem sling típico da Europa, da Ásia, da Oceania. E tudo porque, na verdade, eles respondem à necessidade básica de COLO que é comum aos seres humanos de qualquer origem.

 

O que é que os slings fazem? Eles proporcionam uma espécie de “barriga de transição”, exatamente como a que os cangurus e outros marsupiais possuem. Carregando seus bebês, as mães têm outras vantagens: podem se locomover mais facilmente e realizar suas tarefas diárias sem maiores preocupações, contando com seus braços livres. Isso é algo estava se perdendo um pouco, em nossa cultura ocidental, e é muito bom perceber que as pessoas têm procurado resgatar essa tradição, que só traz benefícios. Estes bebês costumam ser mais relaxados e dormir melhor à noite. Dentro do sling, o pai ou a mãe compartilha calor, cheiro, aconchego com o filho, mostrando que está disponível e que o ama.

 

Na Europa e nos Estados Unidos, além de se tornarem itens corriqueiros, eles são considerados extremamente fashion.  Carregar os filhotes é algo instintivo em nossa espécie, tanto que existem vários tipos de artefatos tradicionais desenvolvidos especificamente para isso. Embora tenha gente que ache besteira, que diga que o sling vai “mimar demais” as crianças e que é uma moda sem sentido,  ou que as pessoas estão querendo usar porque as estrelas de Hollywood  aderiram à ideia (dê uma olhadinha no Google e vai encontrar gente como Gisele Bundchen, Angelina Jolie, Brad Pitt e tantos outros “famosos” se deliciando com a sensação de manter seus filhotes, pertinho de si!), é fácil perceber que se trata de algo bem mais profundo que isso.

 

Existe uma filosofia por trás dessa proposta: transmitir afeto, calor, segurança, que junto com o alimento é tudo de que o bebê necessita. Nos Estados Unidos criaram até termos para descrever esse conceito: “babywearing”, que quer dizer “vestir o bebê” (no adulto!) e “attachment parenting”, que poderíamos tentar traduzir por paternidade “colada”, “amarrada”, ou seja, dedicada, intensiva, termo que no Brasil foi representado pela expressão “criação por apego”. É essa proximidade que vai permitir que a criança se sinta amada e segura, crescendo autoconfiante e se desenvolvendo de maneira plena.

 

Além dos claros benefícios psicológicos que a proximidade com a mãe (ou o pai) traz, o sling faz bem e previne diversas doenças.  Ele facilita a amamentação, ajuda no desenvolvimento de bebês prematuros (já ouviu falar na técnica de “mamãe-canguru”, utilizada nos hospitais para acelerar a recuperação de prematuros extremos?) e auxilia no tratamento do refluxo gastroesofágico, além de prevenir a displasia do quadril.

 

Por hoje é isso e na próxima terça feira Mariana irá falar sobre os diversos modelos de Slings e suas características, quem tiver alguma dúvida sobre o tema pode me enviar por email regina@dicasmiudas.com.br