Cuidado com os fogos no São João

 

Atenção responsáveis de plantão! A época dos fogos e fogueiras chegou e com ela aumenta o risco de queimaduras. Para garantir uma diversão tranquila durante as festas juninas, as crianças precisam ter a brincadeira com fogos sempre supervisionada por um adulto. O cirurgião plástico Marcelo Borges, coordenador do SOS Queimaduras e Feridas do Hospital São Marcos, alerta que não há fogos inocentes: “todos são prejudiciais à integridade física e merecem atenção redobrada, sobretudo quando manuseados por crianças”. O médico lembra que até o traque de massa, aparentemente inofensivo, pode causar acidentes, pois é difícil a criança manusear apenas um traque de massa. “Quando há um somatório da carga de pólvora, esses fogos se tornam tão perigosos quanto bombas ou rojões”, explica.

 

Para evitar acidentes, o cuidado inicia na compra dos fogos. É preciso observar a data de validade e a condição de armazenamento, bem como não utilizar materiais de fabricação caseira. Na hora de soltar os fogos, eles devem ser segurados com as mãos e disparados ao ar livre, longe de árvores e da rede elétrica. Também é importante não tentar acender os fogos que falharem e não apontá-los na direção de outras pessoas. E o cuidado não se resume apenas à noite de festa. No dia seguinte, as cinzas que restaram da fogueira ainda podem causar queimaduras. Remova-as com atenção e longe das crianças.

 

Mas se mesmo com todos os cuidados ocorrer queimadura, deve-se lavar imediatamente o local com água corrente. “Não utilize gelo, pois queima tanto quanto o calor”, reforça. Também não é indicado utilizar sabão, manteiga, pomada ou qualquer outro produto sem orientação médica, pois pode agravar o ferimento. “Oriente criança a não tocar a área queimada e procure atendimento médico o quanto antes para que o profissional possa avaliar o quadro e determinar o tratamento correto”, diz o cirurgião.

 

Depois destas Dicas, boas festas Juninas com bastante segurança!

Sling: Segurança – modelos industrializados

E chegou mais uma terça-feira e ainda temos muito o que falar sobre os slings, sempre com a colaboração da jornalista Mariana Mesquita, que além de mãe usuária de sling ela também a responsável pela Sling Casulinho.

 

Muitas famílias acham estranhos os slings artesanais, não-estruturados, feitos com material que adapta à anatomia do bebê. Dizem que o bebê fica “torto” dentro dele (esquecendo ser esta a posição em que ficavam dentro da barriga) e preferem usar os cangurus industrializados, seja aquele modelo duro que parece um “paraquedas”, em que o bebê fica pendurado, seja um outro modelo que parece uma bolsa, mas é cheio de acolchoados e talas, conhecido aqui no Brasil como “o sling de Claudia Leitte” (porque a cantora escolheu um desse tipo para usar com o filho recém-nascido).

 

 

Além deles serem super desconfortáveis para o nosso clima quente, a impressão de segurança que transmitem às mamães usuárias, por conta de seu aspecto hi tech, infelizmente é completamente falsa.  Existem estudos mostrando que grande parte desses cangurus fazem mal aos bebês!

 

Os que deixam a criança pendurada podem gerar torcicolo e lesões na pelve e na coluna, e segundo fisioterapeutas não devem ser usados antes do bebê conseguir levantar a cabeça sozinho, já que geralmente não oferecem suporte ao pescoço e obrigam a coluna imatura da criança a suportar todo o peso do corpinho. Para saber mais sobre os slings fazer ou não mal à coluna, clique aqui!

 

E os que carregam a criança deitada –  os tais “da Claudia Leitte” –  têm sido alvo de denúncias nos Estados Unidos. Aconteceram vários casos de morte por sufocamento, por culpa do uso dessa peça inadequada. Como ele não é ergonômico, não se adapta à coluninha do bebê. O fato dele ser fechado e grosso impede a respiração e a criança, especialmente se for muito novinha, acaba sendo obrigada a ficar numa posição que força o queixo para baixo, causando falta de ar. O pior é que a mídia brasileira, diante das notícias que saíram no exterior, andou confundindo as bolas e botando a culpa no sling de tecido, que é seguro e pode ser usado inclusive por recém-nascidos.

 

O ideal é usar slings maleáveis, não estruturados, que se moldam de maneira suave ao corpo de quem carrega e à coluna do bebê. Montado da maneira correta, que deve dar suporte e ao mesmo tempo permitir que a criança respire bem, um sling é tão confiável quanto os braços da mamãe. Aliás, é exatamente essa a sua função: reproduzir as mesmas posições que os braços costumam assumir, ao carregar o bebê.

 

Outra Dica importante

 

 

Para ver as duas matérias que já postaram sobre slings clique aqui: O que é Sling? e Alguns modelos e suas características