Autonomia para a vida

Para quem estava com saudades do nosso #PapoDeAdulto com as queridas Dras. Alena Nobre e Luciana Hodges, podem se animar, pois hoje tem mais e com um tema bem interessante, a autonomia das nossas crianças. Já falei um pouco sobre este tema, quem quiser mais Dicas pode ver alguns destes posts:

que tal uma brincadeira que incentivará a criança a amarrar seu próprio cadarço sozinho? (Clique aqui), em outro texto abordei algumas idades e o que a criança já consegue fazer em cada uma (clique aqui) e na semana passada indiquei um livro, que faz parte de uma coleção “Coleção Descobrindo” e que ele mostra em cada livro atividades que eles podem fazer sozinhos a medida que vão crescendo (clique aqui). E por aí, alguma dúvida ou dica?

 

Mas vamos conferir o texto das meninas, que está muito bom!!!!

 

 

Crianças precisam do suporte do adulto. Disso, ninguém duvida. A questão, entretanto, parece ser:  até quando? Abra bem os olhos e observe a dinâmica de alguns pais e filhos ao seu redor. Em pouco tempo, você vai perceber o quanto os pais assumem tarefas que seus filhos já teriam competência para fazer sozinho.

 

No primeiro dia de aula, você pode levar seu filho até a porta da sala, dar bom dia para a professora e etc. Mas depois, ele pode ir sozinho para a sala, sem sua ajuda. A mochila da escola pode ser carregada por você enquanto  seu filho é muito pequeno, não se equilibra bem ou não tem estrutura física para suporta-la.  Mas havendo condições, é ele mesmo quem deve se responsabilizar por ela. O prato que sujou ou o chão que molhou deve ser administrado pela criança.

 

Não a poupe daquilo em que ela já é hábil em fazer. Ajuda-la no desnecessário pode fazer com que ela compreenda seu mundo de uma forma inadequada: “Não sou capaz”, “Eu não consigo sozinha”, “Eu não mereço”, “Estou aqui para ser servida”, etc. Já pensou nisso?

 

Por isso, aí vai alguns lembretes importantes sobre autonomia:

· Seu filho pode até ser o centro do SEU mundo, mas não é o centro do universo. Dar a ele TUDO o que ele deseja, NA HORA que ele deseja, pode ensina-lo a não aceitar as frustrações inerentes à vida. Como você sabe, nem sempre, tudo é possível. Você mesmo pode ensiná-lo sobre isso.
·  Algumas decisões precisam ser tomadas pela criança. Assim, ela se implica e se responsabiliza nas tomadas de decisão e
nas consequências delas. Por outro lado, outras escolhas cabem aos adultos. Tenha clareza sobre aquilo que seu filho “já pode” e o que “ainda não pode” decidir sozinho.
· Dar ao filho autonomia, significa pouco trabalho a longo prazo. Mas a curto prazo, ele vai se sujar mais enquanto come, demorar mais a se vestir, perder o foco da atividade… Até que, aos poucos, ele consiga fazer tudo isso de forma hábil.
Seja tolerante. Não vá sair reclamando com ele nesse momento!

 

É preciso  extinguir a culpa. Por alguns momentos, você pode até se sentir omissa, achando que “Não custa nada” dar aquela ajudinha extra para o seu filho. A questão aqui não é se você “pode” ou “não pode”… A questão aqui é permitir que seu filho cresça, assumindo responsabilidades e consequências; ou seja, é mais do que ensiná-lo sobre autonomia, é educá-lo para a vida!
· Só se aprende, tentando. E tentando, erra-se. Por isso, não evidencie o fracasso e sim o esforço, o mérito e as pequenas
vitórias.

 

* Não seja extremista! Seu filho está engatinhando na autonomia! Não vá exigir que ele faça tudo… De uma única vez, sozinho! Você pode, por exemplo, pedir para que ele passe o sabonete, mas pode ajudá-lo a se enxaguar depois; você pode secar seus cabelos, para que ele os penteie sozinho. De passo em passo, você vai ver ele tomando banho e se trocando sem você por perto.
· Fique esperto! Às vezes, a criança gosta de se tornar dependente a fim de obter atenção permanente dos pais… E por outro
lado, há pais que adoram a dependência dos filhos, já que isso garante para muitos a sensação de ser necessário e amado por
alguém. Não se permita cair nessa cilada emocional.
E aí? Pronta para deixar os filhos crescerem?