Como escolher livros infantis para seu filho?

Foto: Arquivo pessoal Dicas Miúdas

 

É com grande alegria que eu comunico a vocês que minhas queridas amigas e colaboradoras Luciana Hodges e Alena Nobre estão de volta ao Dicas Miúdas, com textos sempre muito interessantes para nos ajudar com nossos filhos! E começando esta “nova temporada” elas trouxeram um tema que eu particularmente adoro: Livros! Você estimula seus filhos a lerem? Eles possuem livros adequados a suas faixas de idade? Vejam algumas dicas de como escolher corretamente os livros, que elas trouxeram e eu aproveitei que estive na feira de livros Eu Amo Ler, que tem ótimos preços e uma boa variedade de livros, e trouxe umas opções para ilustrar a matéria, boa leitura!

 

Uma pequena biblioteca de livros infantis em casa é um incentivo para que os nossos filhos desenvolvam a leitura. A habilidade de ler é essencial tanto para a vida escolar, já que todas as matérias dependem de leitura e interpretação de texto, quanto para a vida pessoal de modo geral.

 

Ainda mais importante que isso, ter livros em casa incentiva os filhos a GOSTAR de ler. Como a leitura vai ser importante e inevitável ao longo da vida toda, o ideal é que esteja bem longe de ser algo desagradável, não é mesmo?
Resolvemos dar uma mãozinha pra ajudar vocês a escolherem, dentro de tanta variedade que existe no mercado, que tipo de livros dar de presente às suas crianças (olha o natal chegando, gente!). Sabemos que leitura é um gosto muito pessoal, então pensamos em sugerir alguns critérios que vão facilitar as suas escolhas.

 

Para crianças de todas as idades:

A regra básica é que a leitura seja fonte de prazer. Se os livros de casa forem vistos como uma extensão das obrigações escolares, muito provavelmente terão o efeito contrário ao que se propõe, e serão um desestímulo à leitura. Em casa você deve favorecer que a leitura seja associada à diversão, um entretenimento lúdico que é quase uma brincadeira!

 

Para os pequenos a sugestão são livros com fantoches, com botões musicais e que narram a história e livros resistentes, como os de banho, que são de plástico.

 

Para crianças de 0 a 3 anos:

Dê preferência a livros feitos com materiais mais duradouros e menos delicados. Nessa idade seu filho vai manuseá-los mais grosseiramente, jogar no chão, amassar, morder, sacudir, como faria com qualquer brinquedo. Faz parte do aprendizado dele e da exploração do mundo.

 

Os livros feitos para essa idade dão ênfase às ilustrações, e frequentemente são focados em conceitos que as crianças estão aprendendo, tais como cores, números, animais, alimentos, formas e texturas, etc.

 

Os livros mais interativos são bem interessantes nessa fase. A criança pode pressionar, abrir abas, apertar botões, tocar, etc. É um bom modo de manter a atenção delas de um jeito divertido.

 

Livros com personagens conhecidos, como os da Turma da Mônica podem aumentar o interesse da criança. Livros interativos com quebra cabeças. Livros com personagens conhecidos da TV e é claro que clássicos como Peter Pan e Pinóquio, dentre outros.

Para crianças de 4 a 7 anos:

Nessa idade não podem faltar os livrinhos com rimas. Eles são muito interessantes, pois ajudam no processo de alfabetização. As rimas ajudam a criança a refletir sobre os sons da fala, e a fazer a relação entre as letras e os sons. Essa habilidade de pensar sobre a estrutura sonora das palavras é essencial para que ela se alfabetize.

 

A criança nessa idade costuma ter seus filmes e programas de televisão favoritos. Em geral, há livros sobre os mesmos temas e personagens, que podem ser atraentes para eles.

Os contos de fadas e histórias tradicionais também começam a ser mais apreciados nessa idade.

 

Livros que tragam curiosidades sobre um tema específico, como é o caso dos dinossauros, que geralmente conquista todas as crianças, principalmente os meninos. Livros com perguntas curiosas e suas respectivas respostas. E livros com assuntos do cotidiano, como por exemplo lavar o cabelo, mas contado de forma diferente e divertida.

Para crianças maiores:

Crianças em torno dos 8 anos de idade já começam a ter suas preferências mais definidas. Podem participar no processo de escolha dos livros, selecionando assuntos, histórias, personagens, que mais lhes agradem.

 

O que não pode faltar numa biblioteca caseira bem “balanceada”:

 

  • · Livros que abordem valores importantes para a família. Cada uma tem os seus. Que valores você quer transmitir a seus filhos? Quais são aqueles que você prioriza? Bondade, Honestidade, Amizade, Tolerância, Perseverança, Respeito à diversidade? Procure livrinhos com histórias que falem sobre eles. Há muitas opções legais no mercado.

 

  • · Livros que tratem de assuntos comuns no dia a dia das crianças. Leve em consideração a fase do desenvolvimento. Por exemplo, há livros que falam sobre medo de dormir sozinho, sobre socialização, sobre virar irmão mais velho, sobre ir para a escola pela primeira vez, sobre mudar de escola, ou mudar de cidade… o que o seu filho está vivenciando ultimamente, ou está prestes a vivenciar? Com certeza há livrinhos falando sobre isso.

 

  • · Livros que falem de sentimentos. Ninguém nasce sabendo nomear o que está sentindo, e muito menos como lidar adequadamente com as emoções. Há livros sobre as emoções consideradas boas, e sobre aquelas que não gostamos de sentir, como medo, timidez, ciúmes. Ler pode ser bem menos ameaçador para a criança do que conversar sobre o assunto, de primeira. Aliás, o livro pode ser um bom começo para muitas conversas sobre o tema.

 

  • · Livros que estimulem a criatividade e a curiosidade. Muitos livros ensinam novas habilidades, como desenhar, cozinhar, fazer dobraduras, etc. Alguns são recheados de atividades para os pequenos. São livros ótimos de se ter à mão em viagens, consultórios médicos e tardes chuvosas, para distrair as crianças.

 

  • · Pra finalizar esse post, um toque muito especial: não podem faltar livros que pertenceram aos pais! Se você não tem a edição original do(s) livro(s) que costumava amar na infância, pode comprar um igual para seu filho. Afinal, o bom exemplo do hábito da leitura começa nesse compartilhar. Qual livro marcou a sua infância? Seus filhos vão adorar saber mais sobre você e seus gostos quando era criança! Vai render boas conversas e, de bônus, o fortalecimento do seu vínculo afetivo com ele.

Livros de atividades são bons para todos os momentos, principalmente quando vamos sair para um médico ou restaurante. Pode ser uma atividade artística, como ensinar a criar bonecos de massinha ou desenhar bonecos. Podem ter atividades educativas como aprender sobre assuntos diversos e até mesmo a escrever! E livros de colorir que sempre são muito bem aceitos, principalmente quando trás desenhos do interesse da criança.

Luciana Hodges é psicóloga, doutora e pós-doutora em psicologia cognitiva. Alena Nobre é pedagoga, mestre e doutora em psicologia cognitiva. Juntas, realizam projetos na área de educação e desenvolvimento infantil e também estão sempre trazendo ótimas dicas em suas redes sociais (Bases cognitivas, no facebook e no instagram @basescognitivas). contato: basescognitivas@gmail.com 

Lição de casa: até onde vai a tarefa dos pais?

O ano letivo já começou, algumas crianças até já estão fazendo as primeiras avaliações e você ainda tem dúvidas de como orientar seu filho na tarefa de casa? Então não pode deixar de ler este texto em que nossas queridas colaboradoras do Bases Cognitivas escreveram para nos orientar, nesta missão que às vezes é bem complicada!!!! Boa leitura e bom aprendizado!

 

Muitos pais sentem dúvida em relação ao acompanhamento da tarefa de casa do filho. Na maioria das vezes, questionam se devem indicar o erro, apagar ou dar dicas sobre a resposta.  É natural que tais dúvidas surjam. Nós, do Bases Cognitivas,  vamos te dar  dicas breves, mas importantes sobre o assunto… e logo agora, bem no início do ano letivo. Vamos lá?

 

A primeira coisa importante para considerarmos é que a postura assumida pelos pais durante as lições de casa dos filhos ensina-os, implicitamente, sobre como sentir-se e relacionar-se com o ato de estudar e aprender. Se os pais mostram-se impacientes e estressados ao sentar-se à mesa, seus filhos também terão motivo de se sentir assim. Ler os comandos sem a devida atenção, reclamar do nível de dificuldade da atividade, questionar o trabalho pedagógico da escola, desistir com facilidade… é uma forma incisiva de ensinar aos filhos a assumir uma postura desatenta e a deslocar a  responsabilidade sobre sua própria aprendizagem para os outros. Lembre que você é um modelo de referência para o seu filho. Portanto, assuma uma postura tranquila diante dele e se tiver questionamentos em relação à atividade, vá direto ao professor que é o profissional habilitado para lhe dar as devidas explicações sobre o assunto.

 

O segundo elemento a ser destacado é que você, assim como o professor, pode ser considerado um mediador do processo de aprendizagem, mas a responsabilidade em realizar a atividade e aprofundar os conhecimentos é do seu filho. A lição de casa é dele e não sua. Por isso, não forneça respostas, mas faça perguntas que o levem a pensar e a refletir sobre a atividade proposta. Se ele errar, não diga que ele errou, simplesmente, oriente-o: “Releia”. “Você tem certeza que fez o que se pediu?” “Observe como essa palavra está escrita no texto. Agora, compare como você a escreveu. É assim mesmo que deve ser?” “Não está faltando alguma acentuação?”. Se ele não perceber, evite apagar. Esse tipo de “erro”  é para o professor um importante termômetro da aprendizagem do seu filho.  Se você apaga-lo, vai mascarar o processo de construção de conhecimento, e assim sendo, o professor terá dificuldades em organizar intervenções a favor deste saber.

 

Por fim, o seu filho precisa construir autonomia para realizar as atividades. Por isso, aos poucos vá saindo de cena. No inicio, sente junto dele e ensine-o a organizar seu material, ler  e destacar os comandos da tarefa de forma correta e a manter o foco. Depois, dê as orientações e  envolva-se brevemente com uma atividade sua, fique de longe. Revise cada uma das questões a medida que ele as terminar.  Tente fazer com que, aos poucos, te mostre que fez toda a tarefa, cabendo a você apenas a revisão e sugestão de elementos que ele poderia investir melhor.

 

Se você perceber que, ainda assim,  seu filho apresenta muitas dificuldades, vá até a escola e peça orientação e ajuda. Os profissionais de educação são especialistas em aprendizagem e por isso devem ser sempre procurados em momentos como estes. Eles saberão lhe dizer quais elementos estão dentro de um padrão comportamental ou um processo normal de aprendizagem.

 

Nós, do Bases Cognitivas, também podemos te ajudar. Dá uma passadinha lá na nossa página e  entra em contato com a gente para conhecer nossos serviços personalizados nesta área. Até mais!

 

 

Adorei as dicas!!!!! E se você ainda ficou com alguma dúvida sobre este assunto, pode perguntar nos comentários abaixo, nas redes sociais ou ainda enviar email (regina@dicasmiudas.com.br) que responderemos com o maior carinho, beijos e até a próxima tarefa, oooops até o próximo #PapoDeAdulto

E quando seu maior crítico mora dentro de você?

 

Talvez uma das épocas da vida em que nos sentimos mais criticados é quando nos tornamos pais e mães. Mesmo os conselhos bem intencionados (e quero crer que a grande maioria é) podem ter como efeito a nossa insegurança.  Com um pouco de esforço e prática podemos aprender a filtrar esses conselhos, e também a não nos abalarmos tão fortemente quando, em vez de conselhos, recebemos críticas de outras pessoas. Porém, uma situação um pouco mais difícil de lidar é quando essas críticas surgem de nós mesmos, quando achamos que não estamos sendo bons pais. E agora?

 

Esse sentimento é normal e pode surgir a qualquer momento. Educar uma criança, mantê-la segura e feliz, e atender às suas necessidades, é uma grande responsabilidade, cansativa e que consume um tempo enorme. Não preciso dizer a você o quanto esse trabalho exige atenção e energia intensas todos os dias, todas as horas (por mais delicioso que seja curtir os filhos). O cansaço bate e é normal, e ele costuma vir acompanhado de dúvidas sobre a própria capacidade de dar conta das coisas da vida (a sua própria e a dos seus pequenos).

 

Por isso, na próxima vez que se sentir um mau pai/ uma má mãe, cheque os fatos. Pode ser “só” o seu cansaço se transformando em exaustão. Pare, respire, descanse se for possível, e aí pense nos fatos: será que ter deixado seus filhos almoçarem biscoito e sorvete no dia de hoje desmerece todas as refeições saudáveis que você se esforçou em preparar o ano todo? Ou que o fato de você não conseguir acompanhá-lo nas tarefas de casa ou buscá-lo pessoalmente na escola desmerece os momentos que dedica a ele todos os dias? O momento em que você se impacientou com ele hoje apaga a sua paciência de todos os dias?

 

Se tiver dificuldade em fazer esse exercício de checagem de fatos, tente se distanciar um pouquinho da situação para avaliá-la melhor. Minha sugestão é que você imagine que é uma amiga que vem lhe contar a situação que você está vivendo. O que você pensaria se fosse com sua melhor amiga? Você a culparia mais ainda ou seria capaz de enxergar, e principalmente, VALORIZAR os momentos em que ela é uma mãe maravilhosa?


Se ainda assim for difícil, converse com quem te entende. Desabafar é preciso. Um bônus é que você vai descobrir que as suas inseguranças não só suas, mas são partilhadas e sofridas por todas as boas mães e bons pais.

 

Observe que quem é muito bom no que faz está sempre se questionando. Isso é verdade em todas as áreas de atuação! O próprio compromisso em fazer bem alguma coisa gera inquietações. O contrário também pode ser dito: se algo não é importante, não vai causar ansiedade, e nem merece que se pense sobre isso. Por isso, os seus questionamentos sobre seu desempenho apenas revelam que o que você faz é importante para você. Quem nunca se questiona é porque não liga, ou talvez fuja tanto de reflexões que corre o risco de se tornar arrogante. Em todo caso, são as inquietações e questionamentos que nos fazem crescer, buscar alternativas, melhorar. E isso é muito bom!

 

Portanto, esteja atento à sua forma de pensar. Se você perceber que realmente as coisas poderiam ser melhores, em vez de escolher se culpar e sofrer por isso, escolha dar passos concretos em direção a uma realidade mais satisfatória. E se estiver difícil colocar essas mudanças em prática, consulte um psicólogo. Ele poderá trabalhar com você na construção de novos caminhos.

 

Seja como for, trabalhe suas inseguranças. Não as ignore. Ignorar é alimentá-las, deixá-las livres para crescer e em algum momento elas podem paralisar você.

 

E se nesse momento você precisa de encorajamento, que tal reler aquelas cartinhas que seus filhos te deram no dia das mães, aquelas em que eles dizem o quanto te amam e o quanto você é especial? Pra eles, você é a melhor mãe do mundo.

 

Em busca da Escola Ideal: entre dilemas e decisões

Final de ano é época de matrícula escolar e para quem tem filho que ainda não estuda, de definir a escola em que vai colocar o pequeno. Então para dar uma ajudinha principalmente as mamães de primeira viagem o nosso #PapoDeAdulto hoje é com a Dra. Alena Nobre, do Bases Cognitivas que vem dar umas Dicas de como fazer esta escolha e tirando várias dúvidas que ficamos neste momento, tão difícil para a maioria! E uma Dica minha é: pegue sempre indicação e escute as experiências de pessoas conhecidas sobre a escola. Tive uma experiência não muito boa, pois segui apenas as aparências e a “propaganda” que no caso era enganosa… E tive que trocar minha pequena de escola com menos de 2 meses de aula, pois não procurei pessoas que conhecessem a escola e pedi suas opiniões! E outra Dica, não fiquem na dúvida: se a sua escolha não foi bem feita e você já conversou e viu que não terá melhoras, procure uma outra escola que realmente atenda às suas necessidades e expectativas, mas também não vá em busca da perfeição, pois não encontrará! Mas vamos ouvir, ou melhor ler, quem realmente entende do assunto…

 

 

Tornar-se mãe não é fácil! E acredite… Alguns outros desafios, dúvidas e culpas surgem quando nossos filhos começam a escolarizar-se. Vem à nossa cabeça questionamentos que nunca havíamos feito antes: Qual o método ideal? Onde está a diferença entre o papel da escola e da família? Será que a professora não é boazinha demais?… Etc e tal.

 

Antes de qualquer coisa é preciso compreender que qualquer pressuposto educacional parte de um modelo sócio cultural ao qual estamos inseridos. Isso significa dizer que existem muitas formas de conceber a educação, a depender do tipo de produções culturais e padrões sociais a qual ela pertence. Isso significa que um determinado tipo de escola aqui no Brasil, pode não fazer o menor sentido em outro país. Um método de ensino pode funcionar perfeitamente no nosso estado, e ser um fracasso em outro. Uma regra pode funcionar muito bem dentro da dinâmica da sua vizinha, e jamais ser viável dentro da sua rotina. Resumindo, não há receitas. O ideal é sempre particular.

 

Tanto a escola, quanto a família, são instituições sociais, e sendo assim, delimitam suas próprias regras e procedimentos. Pensando nisso, o processo de escolha de uma escola deve envolver a reflexão sobre o quanto essas duas instituições compartilham das mesmas ideias e ideais.  Por isso, antes mesmo de avaliar a escola do seu filho,  é preciso perguntar  a si mesmo quais valores você considera importante na formação do seu filho, além de refletir sobre as suas próprias concepções acerca do conceito do que significa uma boa educação.

 

 

Pense comigo:

 

  • Pra você, importa excelente desempenho escolar desde tenra idade?

 

  • Você valoriza mais o desenvolvimento cognitivo do que o afetivo?

 

  • Você acha que a repetição e exercitação são formas eficazes para favorecer a aprendizagem?

 

  • Para você, é importante que seu filho esteja com desempenho igual ou superior aos dos colegas de sala ou primos ou vizinhos da mesma idade?

 

  • Você acha que recompensas materiais ou destaques sobre desempenho são caminhos interessantes para motivar o seu filho para o estudo?

 

  • Você valoriza regras cumpridas, fielmente, ao pé da letra?

 

  • Você acredita que a tolerância e o diálogo devem anteceder medidas disciplinares?

 

A forma como você responde a algumas dessas perguntas te ajudam a pensar sobre o modelo de escola para seu filho. Uma escola mais tradicional pode atender mais às suas concepções educacionais, enquanto uma escola com uma proposta pedagógica mais sócio construtivista pode atender melhor às concepções da sua vizinha. O teor da discussão, a princípio, não deve ser: “A escola X é boa” ou “Escola Y é ruim”. Ao invés disso, os pais devem avaliar o quanto escola “X” se aproxima mais fielmente dos valores particulares da sua família, do que a escola “Y”. A pauta de discussão, então, é quanto determinada escola é adequada ao SEU filho e às SUAS expectativas sobre educação. Só depois disso, você deve pesar outros critérios, tais como: formação da equipe pedagógica, localização, espaço físico, etc.

 

Permita-me finalizar citando um último elemento. Se seu filho está em determinada escola, e você começa a pensar em trocá-lo de instituição, considere também a opinião da criança. Às vezes, os pais estão queixosos e insatisfeitos com a instituição, mas os filhos AMAM o espaço, as pessoas, os colegas, etc. E sendo assim, lembre: nenhuma escola é perfeita. Ela é composta por seres humanos… E pressupõe-se que todos estes são intrinsecamente imperfeitos!

 

Falhas podem acontecer! Você, mãe, deve dialogar, refletir, sugerir elementos à gestão pedagógica da escola! Essa é a sua parte! Seu olhar de mãe é importante para a escola. Posicione-se de forma educada, evite achismos e opiniões de senso comum. Cuidado para não murmurar sobre todos os pequenos e nem tão importantes detalhes. Evite desgastar a sua relação e imagem com questionamentos frágeis e impulsivos. A escola é sua maior aliada na educação do seu filho. Não a encare como uma inimiga ou uma adversária.

 

Avalie: Seu filho é feliz na escola? É envolvido afetivamente com as pessoas? Sente-se bem quando o deixo? Se sim, reconsidere sua decisão a partir da opinião da sua criança. A escola precisa atender não só aos seus ideais, mas também às expectativas do seu filho.

Afinal, quem fica por várias horas na escola, é ele… não você!

 

Sentir-se bem é importante! Ser FELIZ é fundamental!

 

E então, deu para clarear um pouco seus horizontes?? Se você ainda ficou com alguma dúvida sobre o assunto ou gostaria que nós abordássemos um outro assunto, pode mandar um email para regina@dicasmiudas.com.br

 

Alguns princípios do educar

O texto que a Dra. Luciana Hodges, do Bases Cognitivas, escreveu para o nosso Papo de Adulto de hoje traz várias reflexões e muitas Dicas para pararmos, pensarmos e começarmos algumas mudanças, ou sabermos que estamos no caminho certo! De tudo o que eu gostaria de ressaltar que eu acho realmente que está faltando em muitas famílias é realmente o exemplo! Não se pode cobrar aquilo que você mesmo não faz!!! Vemos crianças com atitudes erradas, mas na maioria das vezes elas estão apenas seguindo exemplos, o que é lamentável, pois será muito mais difícil de consertar isto no futuro! Seu que ninguém é perfeito, mas determinados valores como honestidade, respeito a si e ao próximo são importantíssimos…

 

 

Certa vez, em uma festa infantil, uma conhecida se queixava de que tinha uma criança difícil, muito desobediente, e que tentava em vão colocar limites. Nesse momento essa mesma criança pede para subir num “brinquedão”, e o funcionário responsável explica para a criança e para a mãe que ela não tem idade suficiente para que seja permitido que brinque nesse brinquedo específico. Educadamente, o funcionário sugere outros brinquedos. A criança não esboça nenhuma reação. Já a mãe, essa aguarda o funcionário se distrair e diz para ela “Corre, sobe lá, rápido!”. A criança vai feliz e contente, o funcionário percebe e reclama com a mãe, que apenas responde “Se você quiser, vá você mesmo buscá-la lá em cima”, e acena sorridente para a filha, que observa essa conversa.

 

Essa história ilustra um princípio básico do educar ao qual muitas vezes não é dada a devida importância: educamos principalmente pelo exemplo. Passou despercebido para essa mãe que se ela mesma escolhia não seguir as regras das quais não gostava, sua filha, criança esperta e atenta que é, tomaria esse comportamento da mãe como parâmetro para seus próprios comportamentos. Como se pode exigir que o filho siga regras e respeite limites se ele não vê os pais fazendo isso, ou se os vê fazendo o oposto disso, como aconteceu nessa história? Crianças ou adultos, aprendemos melhor quando colocamos a teoria em prática, e praticamos melhor quando temos um modelo claro em que possamos nos espelhar. De modo geral, quando há incoerência entre o que os pais dizem e o que vivenciam, prevalece o comportamento praticado.

 

Para os pais isso pode se traduzir em uma pergunta bem prática sobre a qual podem refletir na tarefa de educar: será que eu consigo fazer isso que estou pedindo que meu filho faça? Se a resposta for sim, vá em frente, explique a regra e o ajude a segui-la. Se a resposta for não, será incoerente impor essa regra a ele, e então é preciso que os adultos revejam o próprio comportamento.  A educação deveria, a princípio, começar pelos exemplos daqueles que educam. Não que isso torne a tarefa de colocar limites fácil. Não é fácil. Apenas a torna possível e faz com que seus esforços não sejam em vão.

 

A maternidade/paternidade é algo que nos transforma, de diversas formas. Assumir os papéis de pai/mãe também é estar disposto(a) a modificar-se em alguns comportamentos.

 

Mas então pra ser mãe eu preciso ser perfeita? Não! Isso seria uma missão impossível, e dedicar-se a perseguir a perfeição (sua e/ou de seus filhos) iria gerar uma tensão prejudicial ao relacionamento entre pais e filhos. Pra ser pai ou mãe é mais importante buscar o autoconhecimento, a aceitação e a coerência.

 

O autoconhecimento é necessário para que você saiba quais são os seus valores, as suas qualidades, as suas possibilidades, os seus limites, e distinga o que é essencial para você daquilo que não é tão importante, porque tudo isso vai influenciar como você se vê, como se sente, como age e interage no mundo, o que por sua vez vai influenciar as percepções, os sentimentos, as ações e as interações da sua família.

 

A aceitação de si mesma traz uma tranquilidade preciosa. É um passo importante em direção a uma autoestima fortalecida. Aceitar-se e amar-se vai te ajudar imensamente a abrir menos espaço para as tantas culpas que as mães carregam, pois muitas são geradas por tentar corresponder às expectativas alheias. Quando você se aceita, se conhece, se ama, tem mais firmeza e certeza nas suas escolhas educacionais, e aí as cobranças que surgem de fora perdem um pouco a força.

Aceitar-se também inclui reconhecer aquelas partes em si mesma que gostaria de mudar. Antes de mudarmos qualquer coisa em nós mesmos, precisamos nos conhecer e nos aceitar. O famoso psicólogo Carl Rogers já apontava para esse paradoxo: apenas quando eu me aceito como sou eu posso conseguir mudar. Ele estava certo. Afinal, como posso mudar alguma coisa se não a percebo ou reconheço que ela existe?

 

Mas a aceitação não para por aí. Aceitar seus filhos como eles são, apreciando o que cada um traz em sua individualidade, reconhecendo suas diferenças, percebendo suas limitações, ajuda e muito na relação entre vocês.

 

E quando você se conhece, se aceita, e conhece e aceita seus filhos, a coerência fica mais fácil. Sem coerência você manda uma mensagem confusa para seus filhos. Voltando para a mãe do exemplo que dei no começo desse texto: suas ações eram contraditórias (diz para a criança ser obediente, mas a incentiva a desobedecer em determinadas situações). Para essa criança as regras e os limites não existem para o seu bem, para a sua segurança e para a boa convivência em sociedade; existem de acordo com o humor e as vontades da mãe.

 

Aí entra uma segunda pergunta que é útil que os pais façam a si mesmos ao educar: como posso ajudar meu filho a compreender que as regras que lhe ensino são para o seu bem?

 

Autoconhecimento, aceitação e coerência são ferramentas que o fortalecem na missão parental. Sempre juntando a isso, é claro, muitas pitadas de amor e paciência.

 

E então gostaram do texto? Não deixem de compartilhar com seus amigos e parentes! E se você tem alguma dúvida ou sugestão sobre este ou outro assunto pode nos dizer através dos comentários aqui do post, nas redes sociais ou por email regina@dicasmiudas.com.br